Coimbra

 

Estava sentada nessa rua de escuridão e de alarido.

De olhos fixos no mundo que corria, que ria, que gritava nessas artérias onde as guitarras também falavam.

Enrolada nesse negro, pensava em como tinha lutado, em como tinha ansiado por tudo aquilo. Agora estava ali. Era o meu momento. Meu e de tantos outros que vadiavam pelas ruas levados pelo som dessa Coimbra em noite de alegria.

Nada nos move com tanta força como a aflição, por viver aquilo a que temos direito.

Feliz daquele que se envolve no mundo e com o mundo é feliz;

Feliz do que ama, ao som desta cidade, nas noites desta alegria.

Felizes dos amantes que revelam sobre a capa negra esse amor gerado e cultivado numa rua de Coimbra

 

Eu sou feliz.

 

Por Di às 15:20
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