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Mariza
Chuva
(Jorge Fernado)
As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudade
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
da história de gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
São emoções que dão vida
A saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder
Há dias que
marcam a alma e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
já eu percorrera
Ai...meu choro de moça perdida
gritava a cidade
que o fogo do amor
sob a chuva
há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
meu segredo a cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade